Navegar é preciso

Os grandes filósofos sempre se perguntaram qual é o verdadeiro sentido da vida, sempre se procurou essa formula secreta. 
Pois estou cada vez mais convencido que só se pode viver sem sentido, sem rumo, como um Veleiro perdido num mar de corpos nus, que navega a vinte nós como o nó que me fica na garganta por não te encontrar neste mar, 
Caravela errante ao sabor de beijos empurrada por desejos de pele estranha,
Barca que rompe as ondas da paixão pelo desconhecido do teu corpo, que sonho descobrir, encontrar, revisitar. 
Veleiro perdido e sem porto, que atraca na luxuria, no pecado, carrega dentro marinheiros da perversão, 
Barco pirata que saqueia e pilha corpos com desdenho para se manter à tona e no entanto sempre pronto a naufragar quando precisas de bóia de salvação. 
Procuro o meu farol no meio de um mar de sorrisos estranhos, reconheço a luz que chega de um olhar distante, ausente no meio da tempestade, e no entanto quente.
Eu sou barco e tu és mar, navegar é preciso.

Giacomo Casanova do Bairro Alto 

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(foto: spencer Tunick)

 

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